quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Rene Terra Nova se declara o novo pai da reforma.

Precisei de uma oração com imposição de pés e algemas, dois copos de água benta com açúcar e duas doses de  rivotril ungido pelo meu amigo Marco Feliciano, mas consegui: Li o manifesto do Renê Terra Nova, publicado em seu site. Li todinho! E, com muita alegria, compartilho com vocês filhinhos. É tremendo!

Não posso deixar de pensar sobre os rumos temerosos que tomaria a igreja evengélica se não fosse a  presença messiânica e super ungida do Apóstolo Renê Terra Nova e a sua visão celular. Afinal, apesar desta tal de reforma ser um assunto tão importante para a igreja (inclusive muito ventilado nas celulas do MIR e até foi motivo de ato profético na sua festa dos tabernáculos), está claro que devemos romper com a tradição de Lutero, Calvino e outros homens enterrados no passado e nos voltar para uma nova visão e um novo tipo de liderança capaz de realizar os sonhos do Pai e a visão de vitória de Seus filhos. 

Somos a geração eleita para romper com as amarras que nos têm mantido na mediocridade do derrotismo cristão. A geração que tem o privilégio de ver o surgimento de um líder digno de toda a honra: Renê Terra Nova!

Danilo Fernandes
Rio de Janeiro, 02 de novembro.
Hospital Psiquiátrico Pinel
Ala dos surtados evangélicos


Apóstolo Valdemiro Santiago toma sobre si os nossos carnês

Hoje é dia 31 de outubro. A efeméride da nossa esquecida herança protestante. Uma herança, que antes foi a esperança de grandes homens de Deus inconformados com os rumos da igreja institucional, tão distante do Evangelho do Reino. Quase quinhentos anos depois, o que vemos a seguir é a reedição de mais um espetáculo de horror. Um entre tantos que vem enterrando a conquista de nossos reformadores, que inspirados pelo Espírito Santo, nos apartaram dos vendilhões.

O protagonista do vídeo é um Johann Tetzel moderno. Filhote do monge original que na época de Lutero destacava-se como grande vendedor das indulgências papais aos pecadores da época a fim de angariar dinheiro para a construção da sede do papado no Vaticano.

O nosso Tetzel tupiniquim não tem a sofisticação e a cultura do monge original. Nem precisa. O seu público não carece mesmo de muita maestria para ser ludibriado. Contudo, tal qual Johann Tetzel, Valdemiro Santiago arrecada recursos para construir a sede de seu próprio papado
a Cidade Mundial – a sua Basílica em Guarulhos, na grande São Paulo, com direito a heliporto para a sua frota particular.

Tempos duros estes nossos. Tetzels não nos faltam. Temos centenas deles atuando em diferentes cortes da sociedade brasileira: um tinhoso na medida certa da ignorância, do gosto e da ganância de cada um.

E os Luteros por onde andam? Estão sufocados pelo bom mocismo patrocinado pela elite evangélica nacional. Bom mocismo, este novo padrão cristão de não ser profeta. O mundanismo protestante politicamente correto a substituir o princípio Ecclesia semper reformanda est. A heresia acusatória das eminências da igreja nacional que quer mudar as Escrituras Sagradas riscando do mapa (ou da Bíblia) cada mente subversiva que o Senhor colocou neste planeta a fim de orientar o seu povo, até que viesse o maior dos subversivos: Jesus. Uma elite tão merecedora de ser apeada de seus pequenos feudos religiosos quanto os falsos profetas dos nossos dias. Parafraseando e contextualizando o celebre discurso de Winston Churchill acerca do crescimento do nazismo na Europa e a parcela de culpa devida às elites da época: É meu objetivo, sendo alguém que viveu e foi atuante nesses dias, mostrar com que facilidade a tragédia da igreja brasileira poderia ter sido evitada; como a maldade dos perversos foi reforçada pela fraqueza dos virtuosos".

Mas voltemos ao vídeo:  Enchendo a tela, o restaurador das pequenas aflições terrenas. Enviado para saldar as dividas bancárias e restaurar as hemorroidas de seus filhos constipados. O santo que carrega no corpo as chagas por onde flui o suor a lambuzar as toalhinhas ungidas de seus servos.

O enredo é inspirado na via crúcis de nosso Salvador, no contexto, a via dolorosa acalentando a esperança aflita dos sem caráter, dos escravos da concupiscência, a quem coube serem seduzidos pelos filhos do diabo a defraudar o supremo sacrifício do Salvador. [2Ts.2:10-12]

Na plateia, os zumbis do neopentecostalismo. Cegos delirantes, rangendo os dentes das bocas famintas ao primeiro jorro de sangue vertido nos altares dos templos pagãos.




No alto do Monte São Roque, o Gólgota gospel paulistano, a espera do redentor, os carnês das nossas dívidas. Miraculosamente contabilizadas e escrituradas. Inclusos os cálculos atuários dos riscos de pecados futuros.

Subindo o monte, Ele, Valdemiro Santiago: aquele que carrega sobre si os nossos carnês (*). O bode cheio de mácula. O salvador que toma sobre si o livro da vida: A lista dos futuros remidos pelo sacrifício que há de se cumprir quando cada nome encontrar o seu carnê aos pés da cruz do evangelho da prosperidade: o guichê. Do Bradesco, Itaú, da Caixa... Altares aonde se entregam à conta bancária do salvador o preço justo e calculado de cada miserável aflição.
O ministério público precisa acabar com esta farra, pois se depender da elite evangélica atual...